A notícia de que a Qimonda, na Alemanha, o gigante dos semicondutores, se declarou insolvente foi recebida com apreensão em Portugal, particularmente em Vila do Conde, onde está sediada a congénere nacional, empregando 1 800 trabalhadores.
Entretanto, ao início da tarde, a administração convocou os trabalhadores para os informar de que a falência da Qimonda na Alemanha tinha como objectivo fundamental obrigar os credores a renegociarem as dívidas, e que, apesar de 'as implicações estarem a ser cuidadosamente analisadas', nenhum trabalhador será despedido. Uma mensagem que à saída de turno, ontem, pelas 19h00, Dulce Silva e Henrique Soares, que ali trabalham há ano e meio e cinco anos, repetiam ao nosso jornal, não escondendo a apreensão mas confiantes em conservar os empregos. ( Fonte )
As contas foram feitas pelo coordenador da comissão sindical Jorge Abreu, que, dos 1400 trabalhadores, 'só nesta ronda ficaram sem emprego perto de 500, entre temporários, contratados a prazo e efectivos'.
O sindicalista adiantou ainda que até ao momento 'houve 80 trabalhadores efectivos que acabaram por aceitar a rescisão amigável. Inicialmente foram os mais velhos, com 30 a 40 anos de casa, até aos últimos, com poucos anos de casa'.
Os trabalhadores que ficaram vão ter que mudar de secção, havendo um período de formação e de adaptação aos novos postos de trabalho. Segundo Jorge Abreu, 'ainda ficaram alguns trabalhadores temporários e com contrato a prazo que terminam em Abril', que 'nem sabem muito bem qual vai ser a vida deles quando reabrir a fábrica', a 5 de Fevereiro, desconhecendo 'que função vão ocupar, em que turno'.
O secretário de Estado da Indústria, António Castro Guerra, esteve na Alemanha nos dois últimos dias, seguindo de perto as reuniões da multinacional, que culminaram na decisão de anunciar falência. Manuel Pinho, ministro da Economia, reafirmou, entretanto, a intenção de Portugal de contribuir para uma solução de viabilidade.
José Sócrates, por seu lado, confessou ter falado com a chanceler Angela Merkel, manifestando preocupação e revelando a importância que o Governo atribui à maior empresa exportadora em 2007 – caiu para 3º lugar, segundo os dados mais recentes do INE, de Junho a Outubro. Aliás, ainda em Dezembro foram disponibilizados pela CGD 100 milhões de euros, no contexto de uma injecção de 325 milhões de euros para salvar a empresa. O primeiro-ministro reafirmou que 'o Governo fará tudo o que estiver ao seu alcance. Goradas as negociações na Alemanha, importa ajudar a unidade de Vila do Conde. Não os abandonarei', disse.
Os primeiros passos para esta iniciativa já foram dados, de resto, com o ministro da Economia a apreciar uma lista de potenciais interessados na compra da Qimonda em Portugal, que lhe foi enviada pela própria fábrica de Vila do Conde.
Entretanto, ao início da tarde, a administração convocou os trabalhadores para os informar de que a falência da Qimonda na Alemanha tinha como objectivo fundamental obrigar os credores a renegociarem as dívidas, e que, apesar de 'as implicações estarem a ser cuidadosamente analisadas', nenhum trabalhador será despedido. Uma mensagem que à saída de turno, ontem, pelas 19h00, Dulce Silva e Henrique Soares, que ali trabalham há ano e meio e cinco anos, repetiam ao nosso jornal, não escondendo a apreensão mas confiantes em conservar os empregos. ( Fonte )
Peugeot de Mangualde suspende laboração !
A Peugeot-Citroen de Mangualde iniciou esta sexta-feira mais um período de suspensão da laboração, findo o qual perto de 500 trabalhadores poderão não regressar à fábrica.
As contas foram feitas pelo coordenador da comissão sindical Jorge Abreu, que, dos 1400 trabalhadores, 'só nesta ronda ficaram sem emprego perto de 500, entre temporários, contratados a prazo e efectivos'.
O sindicalista adiantou ainda que até ao momento 'houve 80 trabalhadores efectivos que acabaram por aceitar a rescisão amigável. Inicialmente foram os mais velhos, com 30 a 40 anos de casa, até aos últimos, com poucos anos de casa'.
Os trabalhadores que ficaram vão ter que mudar de secção, havendo um período de formação e de adaptação aos novos postos de trabalho. Segundo Jorge Abreu, 'ainda ficaram alguns trabalhadores temporários e com contrato a prazo que terminam em Abril', que 'nem sabem muito bem qual vai ser a vida deles quando reabrir a fábrica', a 5 de Fevereiro, desconhecendo 'que função vão ocupar, em que turno'.