Na próxima terça-feira tem lugar a primeira audiência do julgamento de alguns dos nacionalistas detidos em Abril de 2007. O Tribunal neste caso resolveu apressar o julgamento, marcando audiências na terça, quarta e quinta-feira, com início às 9h e sem hora prevista para terminar, e em duas semanas consecutivas. Pretende o Tribunal, segundo a agenda enviada aos arguidos, ouvir 15 testemunhas de manhã e 15 testemunhas à tarde, e fazê-lo em duas semanas. Qual Casa Pia...
Será a altura também em que vão recomeçar, certamente, as notícias sensacionalistas e mentirosas. Ou seja, vai recomeçar o terrorismo mediático que que visa caracterizar o caso e, sobretudo, os arguidos. Vão-se escrever coisas sobre os nacionalistas que nunca se escreveram em Portugal sobre terroristas, pedófilos, ou violadores. Nem os nacionalistas terão direito - nem querem! - medalhas e condecorações como os terroristas das FP-25 julgados naquele mesmo Tribunal de Monsanto. Esses assassinaram com bombas, com tiros na nuca, e mataram crianças.
Certo é que os nacionalistas não provocaram ou organizaram arrastões, não atacaram sedes partidárias ou organizaram contra-manifestações ilegais, não violaram crianças nem organizaram redes pedófilas, não assassinaram ou raptaram ninguém, não tinham esquemas montados de lavagem de dinheiro nem roubaram milhões aos contribuintes. Os nacionalistas têm sim espírito crítico, e vontade de participar na vida política do país, mas pelos vistos incomodam muita gente...Por isso, tenha muita atenção, quando ler que «os nacionalistas pretendiam», estará a ler uma opinião de alguém. Quando ler que «os nacionalistas fizeram», poderá estar a ler uma fantasia do MP. Quando ler algo supostamente relacionado com factos, poderá estar na presença de uma versão, ainda não esclarecida em Tribunal.
Por isso, quando ler alguma coisa relacionada com nacionalistas, sobretudo com este caso em particular, duvide! Tenha muitas dúvidas, porque muito provavelmente - como quase sempre - estará na presença de calúnias e mentiras!
Podem prender quem diz a verdade, mas não podem prender a verdade!
Fonte : FN
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terça-feira, 8 de abril de 2008
domingo, 7 de outubro de 2007
RTP: administração «passa recados» do poder
A administração da RTP interfere nas decisões editoriais da informação e «passa recados» do poder político.
Quem o diz é José Rodrigues dos Santos, numa entrevista ao «Público», respondida por correio electrónico. O pivô há mais tempo no ar em horário nobre (16 anos) está «desmotivado» ao «ver o poder interferir despudoradamente na informação».
«Na minha experiência, os governos contactam as administrações e depois estas passam, ou não, os recados».
O jornalista recorda ainda que deixou o cargo de director de informação da estação pública em protesto contra o facto de a administração ter seleccionado, para correspondente em Madrid, a quarta classificada de um concurso para o lugar.
«Uma coisa é a administração, que é nomeada pelo Governo, tentar convencer-me a fazer algo na área editorial, mas a respeitar, mesmo com desagrado, a minha decisão de não me deixar convencer. Isto aconteceu-me com frequência mas não considero que essas tentativas tenham sido interferência, porque a decisão final editorial manteve-se com o director e, com agrado ou irritação, foi sempre respeitada. Outra coisa é a administração tomar uma decisão na área editorial em substituição do director, na realidade contra ele. Isso é interferência consumada», referiu o jornalista, acrescentando que apesar de o episódio da corresponde em Madrid ter sido investigado e condenado pela então Alta Autoridade para a Comunicação Social, o caso ficou sem justiça até hoje.
Desde essa altura, deixou, por sua opção, de ter qualquer intervenção no alinhamento das notícias do Telejornal.
Certo de que ainda hoje está a pagar por se ter «oposto à interferência da actual administação», Rodrigues dos Santos admite que, olhando para trás, talvez não tivesse recusado os convites para director de informação dos canais privados e de correspondente da CNN no Rio de Janeiro.
No entanto, quando lhe perguntam se pretende sair da RTP responde: «Claro que não».
Administração considera acusações «graves»
Confrontado com as declarações do jornalista, o director de informação da RTP Luís Marinho afirmou, ao «Público»: «Não sei do que está a falar José Rodrigues dos Santos. Não sei se está a falar de situações do presente ou do passado. Se são do passado devia tê-las denunciado na altura».
Luís Marinho acrescenta ainda nunca ter sido alvo de pressões da actual administração que classifica como exemplar, sublinhando que «a RTP está sujeita a pressões como outros órgãos de comunicação social o estão».
Por seu lado, o conselho de administração garantiu que «nunca interferiu nem interfere nas opções editoriais da direcção de informação».
Apesar de «não ter por hábito discutir os problemas internos da empresa em público, sobretudo quando têm origem em declarações de um seu funcionário», neste caso, e «dada a gravidade dos excertos que nos foram comunicados, a administração da RTP reserva a possibilidade de uma resposta quando tiver o conhecimento completo das declarações proferidas pelo professor José Rodrigues dos Santos».
Quem o diz é José Rodrigues dos Santos, numa entrevista ao «Público», respondida por correio electrónico. O pivô há mais tempo no ar em horário nobre (16 anos) está «desmotivado» ao «ver o poder interferir despudoradamente na informação».
«Na minha experiência, os governos contactam as administrações e depois estas passam, ou não, os recados».
O jornalista recorda ainda que deixou o cargo de director de informação da estação pública em protesto contra o facto de a administração ter seleccionado, para correspondente em Madrid, a quarta classificada de um concurso para o lugar.
«Uma coisa é a administração, que é nomeada pelo Governo, tentar convencer-me a fazer algo na área editorial, mas a respeitar, mesmo com desagrado, a minha decisão de não me deixar convencer. Isto aconteceu-me com frequência mas não considero que essas tentativas tenham sido interferência, porque a decisão final editorial manteve-se com o director e, com agrado ou irritação, foi sempre respeitada. Outra coisa é a administração tomar uma decisão na área editorial em substituição do director, na realidade contra ele. Isso é interferência consumada», referiu o jornalista, acrescentando que apesar de o episódio da corresponde em Madrid ter sido investigado e condenado pela então Alta Autoridade para a Comunicação Social, o caso ficou sem justiça até hoje.
Desde essa altura, deixou, por sua opção, de ter qualquer intervenção no alinhamento das notícias do Telejornal.
Certo de que ainda hoje está a pagar por se ter «oposto à interferência da actual administação», Rodrigues dos Santos admite que, olhando para trás, talvez não tivesse recusado os convites para director de informação dos canais privados e de correspondente da CNN no Rio de Janeiro.
No entanto, quando lhe perguntam se pretende sair da RTP responde: «Claro que não».
Administração considera acusações «graves»
Confrontado com as declarações do jornalista, o director de informação da RTP Luís Marinho afirmou, ao «Público»: «Não sei do que está a falar José Rodrigues dos Santos. Não sei se está a falar de situações do presente ou do passado. Se são do passado devia tê-las denunciado na altura».
Luís Marinho acrescenta ainda nunca ter sido alvo de pressões da actual administração que classifica como exemplar, sublinhando que «a RTP está sujeita a pressões como outros órgãos de comunicação social o estão».
Por seu lado, o conselho de administração garantiu que «nunca interferiu nem interfere nas opções editoriais da direcção de informação».
Apesar de «não ter por hábito discutir os problemas internos da empresa em público, sobretudo quando têm origem em declarações de um seu funcionário», neste caso, e «dada a gravidade dos excertos que nos foram comunicados, a administração da RTP reserva a possibilidade de uma resposta quando tiver o conhecimento completo das declarações proferidas pelo professor José Rodrigues dos Santos».
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terça-feira, 18 de setembro de 2007
Carta de Mário Machado (E.P.P.J., 15 de Setembro de 2007)
E.P.P.J., 15 de Setembro de 2007, 20.00 horas
Camaradas e Amigos,
Hoje pelas 19.15 horas e já depois do fecho das celas, os guardas prisionais dirigiram-se à cela 49 onde me encontro, dizendo que teria que ser aberta para me deslocar a um gabinete onde alguém esperava por mim.
Qual é o meu espanto quando se apresentam dois inspectores da PJ e um funcionário do DIAP.
Diziam que traziam a acusação do processo à ordem do qual estou preso e que era para eu assinar.
Ora como, com esta prisão, já tenho no total quase 3 anos passados em cadeias e nunca vi tal coisa, visto as notificações serem feitas na secretaria até sensivelmente às 17.30/18.00 horas, horário de expediente, pensei antes de assinar.
É que segundo a nova lei que entrou em vigor dia 15, hoje, eu passei a estar preso ilegalmente, pois o tempo máximo de prisão preventiva é de 4 meses, tendo eu cerca de 5 neste momento, pois fui detido em 18 de Abril de 2007.
O tribunal tinha por isso de me libertar, tal como fez com cerca de vinte presos neste estabelecimento, em situações similares.
Então, ardilosamente, tinha a acusação para assinar no dia 15, mas dizendo que ela ficou pronta no dia 14 pelas 23.00 horas.
Obviamente o que a lei diz é que quando o arguido é notificado é que interessa, senão podíamos chegar ao cumulo de, daqui a 1 ano a Procuradora Cândida Vilar, escrever que esteve pronta a acusação sei lá… em Agosto?! Uma vergonha!
Falei com guardas, que o são há mais de vinte anos e nem eles viram algo assim nas suas vidas, virem enganar um recluso para manterem a prisão preventiva a todo o custo!Vale tudo contra mim… Incrível!
O Meu advogado, Dr. José Castro, vai entregar na segunda-feira um pedido de habeas corpus para se proceder à minha libertação imediata. Estou para ver…Os meus níveis de indignação e revolta estão num patamar elevadíssimo.
Além de já ter desabafado aqui da minha janela com outros presos, também eles incrédulos, agarrei nesta caneta para desabafar com vocês. Sempre ajuda.Contra nós tudo vale: inventam-se processos, forjam-se provas e agora até se ultrapassam os prazos legais, e pior ainda, tentam enganar um recluso levando-o a assinar no dia 15 uma acusação que obviamente não foi concluída no dia 14, e logo às 23.00 horas… Se não da minha liberdade que estamos a falar, dava para rir.Gostava que os Camaradas dessem a conhecer ao maior número possível de pessoas o que se está a passar. Isto não pode ser silenciado.Uma vergonha!“Prefiro a Morte à desonra”
Mário Rui Valente Machado
Camaradas e Amigos,
Hoje pelas 19.15 horas e já depois do fecho das celas, os guardas prisionais dirigiram-se à cela 49 onde me encontro, dizendo que teria que ser aberta para me deslocar a um gabinete onde alguém esperava por mim.
Qual é o meu espanto quando se apresentam dois inspectores da PJ e um funcionário do DIAP.
Diziam que traziam a acusação do processo à ordem do qual estou preso e que era para eu assinar.
Ora como, com esta prisão, já tenho no total quase 3 anos passados em cadeias e nunca vi tal coisa, visto as notificações serem feitas na secretaria até sensivelmente às 17.30/18.00 horas, horário de expediente, pensei antes de assinar.
É que segundo a nova lei que entrou em vigor dia 15, hoje, eu passei a estar preso ilegalmente, pois o tempo máximo de prisão preventiva é de 4 meses, tendo eu cerca de 5 neste momento, pois fui detido em 18 de Abril de 2007.
O tribunal tinha por isso de me libertar, tal como fez com cerca de vinte presos neste estabelecimento, em situações similares.
Então, ardilosamente, tinha a acusação para assinar no dia 15, mas dizendo que ela ficou pronta no dia 14 pelas 23.00 horas.
Obviamente o que a lei diz é que quando o arguido é notificado é que interessa, senão podíamos chegar ao cumulo de, daqui a 1 ano a Procuradora Cândida Vilar, escrever que esteve pronta a acusação sei lá… em Agosto?! Uma vergonha!
Falei com guardas, que o são há mais de vinte anos e nem eles viram algo assim nas suas vidas, virem enganar um recluso para manterem a prisão preventiva a todo o custo!Vale tudo contra mim… Incrível!
O Meu advogado, Dr. José Castro, vai entregar na segunda-feira um pedido de habeas corpus para se proceder à minha libertação imediata. Estou para ver…Os meus níveis de indignação e revolta estão num patamar elevadíssimo.
Além de já ter desabafado aqui da minha janela com outros presos, também eles incrédulos, agarrei nesta caneta para desabafar com vocês. Sempre ajuda.Contra nós tudo vale: inventam-se processos, forjam-se provas e agora até se ultrapassam os prazos legais, e pior ainda, tentam enganar um recluso levando-o a assinar no dia 15 uma acusação que obviamente não foi concluída no dia 14, e logo às 23.00 horas… Se não da minha liberdade que estamos a falar, dava para rir.Gostava que os Camaradas dessem a conhecer ao maior número possível de pessoas o que se está a passar. Isto não pode ser silenciado.Uma vergonha!“Prefiro a Morte à desonra”
Mário Rui Valente Machado
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