Um documento com instruções para ocultação do passivo do ESI, assinado por Ricardo Salgado e José Manuel Espírito Santo, é uma das provas que permitiu ao Banco de Portugal avançar com primeira acusação no caso do colapso do BES, avança hoje o Jornal de Negócios. Salgado teve de dar esta ordem depois do técnico suíço que elaborava as contas se ter recusado a prosseguir sem indicações escritas nesse sentido.
Segundo o Negócios, Pierre Butty recusou-se a continuar a esconder o passivo e sobrevalorizar activos da holding do grupo Espírito Santo, entre o final de 2011 e o início de 2012. A ordem chegou e a falsificação de contas prosseguiu até 2013, escreve o jornal.
O Banco de Portugal acusa os gestores de actos dolosos de gestão ruinosa por estarem a par da falsificação das contas e terem decidido vender papel comercial da ESI a clientes do BES. (DN)