No terceiro dia de julgamento, Mário Machado teve de explicar todas as situações de alegada violência e discriminação racial de que é acusado e aproveitou para mais uma vez ‘lembrar’ o MP que também outros disseram frases polémicas e não foram punidos.
O líder de extrema-direita comparou a sua afirmação de «enforcar todos os políticos no Terreiro do Paço» à de Otelo Saraiva de Carvalho quando falou em fuzilar todos os fascistas no Campo Pequeno. «A ele não lhe aconteceu nada», disse perante o juiz.
Questionado pelo juiz, Mário Machado explicou o que era a Skinhouse, negando ser um sítio destinado a reuniões políticas mas sim ao convívio. Afirmou que se tratava de um espaço de carácter social e não político.
Na Skinhouse, onde Mário Machado foi encontrado na posse de um revólver, foram apreendidas várias armas. O arguido não prestou declarações alegando que a operação ocorreu à 1h30 da manhã quando só poderia ter sido realizada até às 21h30.
Mário Machado confirmou a sua presença em vários eventos nacionalistas nacionais e internacionais. Em relação à manifestação contra a criminalidade (realizada na sequência do arrastão no dia 10 de Junho de 2005 na praia de Carcavelos) o líder nacionalista assumiu a autoria das duas frases que constavam nas faixas: «Não existem direitos iguais quando és um alvo por seres branco» e «Imigrantes = Crime».
Mário Machado afirmou que fazem «jogos com palavras» para a comunicação social. «Se não exagerarmos no folclore os jornalistas não pegam. Tal como se fez com o outdoor do PNR, usamos expressões exageradas porque sabemos que vão causar polémica»,acrescentou o arguido. (FONTE) .