O preço de alimentos básicos, como o pão, o leite, os ovos ou as massas, não pára de aumentar. A indústria alimentar estima uma subida média dos preços à saída das fábricas entre os 5% e os 10%, embora em alguns casos os consumidores possam estar a verificar acréscimos superiores.
"Estão a começar a sentir-se aumentos progressivos, devido à subida das matérias-primas. Mas se a distribuição acompanhar a tendência da produção, serão na ordem dos 5% a 10%", afirmou ao DN Pedro Queiroz, director-geral da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA).
O certo é que bens como o pão ou o leite estão bem acima destas percentagens. De acordo com a Associação do Comércio e da Indústria da Panificação e Similares (ACIPS), o pão está 30% mais caro desde Janeiro. Já o leite subiu 35% na indústria, também desde o início do ano, segundo dados da Federação Nacional das Cooperativas dos Produtores de Leite (Fenelac).
Outros dos produtos com aumentos são o óleo, massas, cereais para o pequeno-almoço, farinhas, ovos e rações para animais, que vão influenciar o custo da carne.
Em muitos casos, a subida de preços na produção não cobre o acréscimo das despesas com as matérias-primas. Além de outras causas, Pedro Queiroz destaca que a "pressão" sobre os cereais deve-se à utilização destes produtos no biocombustível. "Cada vez mais os stocks alimentares são utilizados nas energias alternativas em vez de serem canalizados para a alimentação. Além disso, o facto de a União Europeia e outros países estarem a dar incentivos para estes combustíveis está a provocar uma distorção no mercado".
Fonte : DN Online
