sexta-feira, 10 de julho de 2015
Governo português aceita receber em Portugal 1500 migrantes-invasores
O Governo português reiterou a sua solidariedade para com os Estados-membros mais afectados pelos fluxos migratórios recentes, tendo demonstrado também a disponibilidade para acolher nos próximos dois anos 1.500 pessoas. Fonte: Económico
quarta-feira, 8 de julho de 2015
Serviços Secretos vigiam agentes da PSP com ligações ao PNR
Os serviços de informações portugueses têm estado a monitorizar alguns casos de agentes e chefes da PSP com ligações a movimentos de extrema-direita, e ao Partido Nacional Renovador (PNR).
O DN sabe que alguns dirigentes sindicais desta força de segurança foram abordados pelos espiões sobre esta matéria, mas também houve oficiais a ser contactados, com o objectivo de colaborarem com as secretas no acompanhamento deste fenómeno que se receia estar a consolidar-se. DN
O DN sabe que alguns dirigentes sindicais desta força de segurança foram abordados pelos espiões sobre esta matéria, mas também houve oficiais a ser contactados, com o objectivo de colaborarem com as secretas no acompanhamento deste fenómeno que se receia estar a consolidar-se. DN
segunda-feira, 6 de julho de 2015
Marine Le Pen pede o regresso de moedas nacionais
A presidente do partido de extrema-direita francês Frente Nacional (FN), Marine Le Pen, congratulou-se hoje com o "grande grito democrático" no referendo grego, que considerou a "constatação do fracasso" do euro como moeda única.
"Após este grito democrático da Grécia, há que exigir que o Banco Central Europeu acabe com o seu comportamento de abuso de poder e deixe de sufocar a Grécia privando-a de liquidez", disse Le Pen em declarações ao canal BFM TV.
Segundo Marine Le Pen, o que aconteceu na Grécia "é a constatação do fracasso do euro como moeda única".
Neste contexto, o que deve ser feito é "organizar, de forma tranquila e concertada, o regresso das moedas nacionais".
Mais de 60% dos gregos rejeitaram no domingo em referendo as propostas dos credores internacionais (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), abrindo caminho à incerteza sobre a permanência da Grécia na zona euro.
O vice-presidente da FN, Florian Philippot, já se tinha congratulado no domingo com o 'não' grego, considerando que ele evitará um novo plano de resgate que "teria custado muito caro aos franceses". Fonte: Económico
"Após este grito democrático da Grécia, há que exigir que o Banco Central Europeu acabe com o seu comportamento de abuso de poder e deixe de sufocar a Grécia privando-a de liquidez", disse Le Pen em declarações ao canal BFM TV.
Segundo Marine Le Pen, o que aconteceu na Grécia "é a constatação do fracasso do euro como moeda única".
Neste contexto, o que deve ser feito é "organizar, de forma tranquila e concertada, o regresso das moedas nacionais".
Mais de 60% dos gregos rejeitaram no domingo em referendo as propostas dos credores internacionais (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), abrindo caminho à incerteza sobre a permanência da Grécia na zona euro.
O vice-presidente da FN, Florian Philippot, já se tinha congratulado no domingo com o 'não' grego, considerando que ele evitará um novo plano de resgate que "teria custado muito caro aos franceses". Fonte: Económico
quarta-feira, 24 de junho de 2015
Centro Cultural de Belém vai lembrar os feitos da Exposição do Mundo Português
A 23 de Junho de 1940, em plena Segunda Guerra Mundial, inaugurava-se, na zona de Belém, em Lisboa, a Exposição do Mundo Português, um misto entre divulgação da cultura nacional e propaganda do Estado Novo. Setenta e cinco anos depois, o Centro Cultural de Belém (CCB) vai organizar uma exposição sobre o evento, não sob o ponto de vista da ideologia política, mas com o objectivo de mostrar o nascimento do polo turístico cultural mais visitado do país. A inauguração está prevista para o outono, mas o local ainda não foi escolhido.
Até 1940, havia casas coladas ao Mosteiro dos Jerónimos. Onde é hoje a Praça do Império estavam também habitações velhas, com vista privilegiada sobre aquele que é hoje o monumento mais visitado de Portugal. Parece difícil imaginar mas, ao lado da Torre de Belém, monumento do século XVI aos Descobrimentos, havia uma fábrica de gás, que não só estragava a vista como danificava a construção, por causa do fumo “espesso, gorduroso e indelével”, como descreveu Ramalho Ortigão no final do século XIX.
“Nem os Jerónimos conseguiam dar dignidade a esta zona, que estava muito degradada”, disse esta terça-feira António Lamas, presidente do CCB, na apresentação da futura “Exposição do Mundo Português – Explicação de um Lugar” aos jornalistas.
A Exposição do Mundo Português foi concebida por Duarte Pacheco e António Ferro, a pedido do chefe do Governo, António de Oliveira Salazar, com o objectivo de comemorar as datas da Fundação (1143) e da Restauração (1640) de Portugal. Cottinelli Telmo era o arquitecto chefe. E apesar da queda embaraçosa da Nau Portugal à saída dos estaleiros de Aveiro, o evento acabaria por ficar também marcado pelo rearranjo urbanístico de Belém, que se prolonga até à actualidade. No final da exposição, muitos dos pavilhões projectados acabaram por ser demolidos. O Centro Cultural de Belém, por exemplo, é descendente do Pavilhão dos Portugueses no Mundo, um dos principais pavilhões de toda a exposição.
Mas há várias construções que se mantêm, como se poderá ver na exposição organizada pelo CCB, com curadoria de Margarida de Magalhães Ramalho e Margarida da Cunha Belém e design de Henrique Cayatte. É o caso do Museu de Arte Popular (herdeiro do Pavilhão da Etnografia Metropolitana), razão pela qual António Lamas gostaria de escolhê-lo para acolher a mostra. O pedido já foi feito à Direcção-Geral do Património Cultural e à Secretaria de Estado da Cultura.
O local e a data podem ainda não estar definidos, mas os núcleos da exposição já, ainda que as curadoras não tenham adiantado quais serão. Sabe-se que a mostra terá maquetes, esculturas, bilhetes da época, testemunhos gravados de pessoas que estiveram na exposição e várias imagens, provenientes de diversas instituições, fundações e colecções privadas. A família do arquitecto Santos Almeida Junior, por exemplo, abriu o espólio à organização, o que vai permitir mostrar cerca de 200 fotografias inéditas da época. (Observador)
Até 1940, havia casas coladas ao Mosteiro dos Jerónimos. Onde é hoje a Praça do Império estavam também habitações velhas, com vista privilegiada sobre aquele que é hoje o monumento mais visitado de Portugal. Parece difícil imaginar mas, ao lado da Torre de Belém, monumento do século XVI aos Descobrimentos, havia uma fábrica de gás, que não só estragava a vista como danificava a construção, por causa do fumo “espesso, gorduroso e indelével”, como descreveu Ramalho Ortigão no final do século XIX.
“Nem os Jerónimos conseguiam dar dignidade a esta zona, que estava muito degradada”, disse esta terça-feira António Lamas, presidente do CCB, na apresentação da futura “Exposição do Mundo Português – Explicação de um Lugar” aos jornalistas.
A Exposição do Mundo Português foi concebida por Duarte Pacheco e António Ferro, a pedido do chefe do Governo, António de Oliveira Salazar, com o objectivo de comemorar as datas da Fundação (1143) e da Restauração (1640) de Portugal. Cottinelli Telmo era o arquitecto chefe. E apesar da queda embaraçosa da Nau Portugal à saída dos estaleiros de Aveiro, o evento acabaria por ficar também marcado pelo rearranjo urbanístico de Belém, que se prolonga até à actualidade. No final da exposição, muitos dos pavilhões projectados acabaram por ser demolidos. O Centro Cultural de Belém, por exemplo, é descendente do Pavilhão dos Portugueses no Mundo, um dos principais pavilhões de toda a exposição.
Mas há várias construções que se mantêm, como se poderá ver na exposição organizada pelo CCB, com curadoria de Margarida de Magalhães Ramalho e Margarida da Cunha Belém e design de Henrique Cayatte. É o caso do Museu de Arte Popular (herdeiro do Pavilhão da Etnografia Metropolitana), razão pela qual António Lamas gostaria de escolhê-lo para acolher a mostra. O pedido já foi feito à Direcção-Geral do Património Cultural e à Secretaria de Estado da Cultura.
O local e a data podem ainda não estar definidos, mas os núcleos da exposição já, ainda que as curadoras não tenham adiantado quais serão. Sabe-se que a mostra terá maquetes, esculturas, bilhetes da época, testemunhos gravados de pessoas que estiveram na exposição e várias imagens, provenientes de diversas instituições, fundações e colecções privadas. A família do arquitecto Santos Almeida Junior, por exemplo, abriu o espólio à organização, o que vai permitir mostrar cerca de 200 fotografias inéditas da época. (Observador)
segunda-feira, 22 de junho de 2015
Hitler também desenhava castelos de contos de fadas
Aguarelas e desenhos pintados por Adolf Hitler há cerca de cem anos foram vendidos este fim-de-semana em leilão por cerca de 400 mil euros.A obra mais cara foi vendida a um comprador chinês por cem mil euros, anunciou a casa de leilões Weidler, situada em Nuremberga, de acordo com a agência de notícias alemã DPA.A aguarela representa o castelo de Neuschawanstein, na Baviera, mandado construir pelo rei Luís II, e que a silhueta adoptada como logo pelos estúdios Disney celebrizou em todo o mundo.Todas as outras obras vendidas, realizadas em 1904 e 1922 e maioritariamente da autoria de Hitler, encontraram comprador.
A casa de leilões preservou a identidade dos compradores, que quiseram manter-se anónimos, mas adiantou que são provenientes do Brasil, dos Emirados Árabes Unidos, de França e da Alemanha. (I)
Parlamento acordou “vendido”
Duas pessoas afixaram hoje, uma tarja mesmo por cima dos agentes da autoridade que estão de serviço na escadaria da AR. (Expresso)
sexta-feira, 19 de junho de 2015
PSD/CDS ultrapassam PS nas sondagens pela primeira vez
A quatro meses das eleições legislativas, a coligação PSD/CDS passou, pela primeira vez, para a frente do PS nas intenções de voto dos portugueses.
Uma sondagem da Universidade Católica, para o Diário de Notícias e Jornal de Notícias, dá 38 pontos percentuais para a coligação do actual Governo e 37 ao Partido Socialista. Na verdade, trata-se de um empate técnico, mas com vantagem, pela primeira vez, para os partidos de Passos Coelho e Paulo Portas.
Se em Outubro o PS juntava 45% das intenções de voto, e estava perto da maioria absoluta, agora com 37%, o partido liderado por António Costa ficaria aquém dos partidos da maioria actual. É uma queda de 8 pontos percentuais, desde que Costa substituiu António José Seguro na liderança. (TVI)
Uma sondagem da Universidade Católica, para o Diário de Notícias e Jornal de Notícias, dá 38 pontos percentuais para a coligação do actual Governo e 37 ao Partido Socialista. Na verdade, trata-se de um empate técnico, mas com vantagem, pela primeira vez, para os partidos de Passos Coelho e Paulo Portas.
Se em Outubro o PS juntava 45% das intenções de voto, e estava perto da maioria absoluta, agora com 37%, o partido liderado por António Costa ficaria aquém dos partidos da maioria actual. É uma queda de 8 pontos percentuais, desde que Costa substituiu António José Seguro na liderança. (TVI)
terça-feira, 16 de junho de 2015
"A TAP vale mais do que Jorge Jesus"
Não é verdade que a TAP tenha sido vendida por “metade do Jorge Jesus”, por muito que Rui Paulo Figueiredo acredite que as pessoas também se vendem.
Não é verdade que o valor da proposta vencedora tenha sido de 10 milhões de euros. Não é verdade que essa proposta tenha sido americana e brasileira. O PS, que na oposição recusa agora a privatização que sempre quis e decidiu no ano 2000 a favor da Swissair e depois inscreveu em sucessivos PEC e no memorando de entendimento celebrado com a ‘troika', sabe disso. Mas faz de conta que não.
A proposta escolhida conta-se em 354 milhões de euros, podendo ascender a 488 milhões de euros até ao final de 2016, dependendo do desempenho da companhia aérea em 2015. Acrescem 1.092 milhões de euros de dívida e 500 milhões de euros de capitais próprios negativos. 10 milhões de euros representam somente a parcela respeitante às acções.
Quem venceu foi, a começar, um português - Humberto Pedrosa - detentor de 51 % da maioria do capital do consórcio Gateway, que partilha com David Neeleman, de nacionalidade americana e brasileira, para efeitos da compra de 61 % do capital da TAP.
E o Estado manterá na sua posse 39 % do capital restante, de que se valerá no uso do direito de veto, quando em causa estejam decisões tidas por estratégicas.
A privatização, num momento em que a TAP vive dificuldades, sem liquidez para quase tudo, desde a modernização da frota, às despesas de manutenção constitui, nessa medida, uma boa notícia. Significa dinheiro fresco e a solvabilidade futura, num projecto de quem conhece o sector e garantirá Portugal como centro estratégico e as rotas para África e América como fundamentais.
Espantosa é, por isso, a ameaça concretizada por António Costa de que reverterá essa privatização, caso vença eleições legislativas. Demonstra ostensivamente a irresponsabilidade de que este PS é feito.
António Costa sabe que o mercado dos transportes aéreos se alterou radicalmente nos últimos anos. As regras europeias que impedem ajudas estatais e a concorrência de empresas de baixo custo que cumprem horários e representam alternativas reais, determinaram o fim da maior parte das empresas detidas exclusivamente pelos Estados. Não existirá provavelmente neste momento, na Europa, nenhuma companhia de transportes aéreos pública. Depois, para além da desconfiança e perturbação que cria nos mercados, não antecipa uma ideia que seja, acerca de como resolverá o problema dos muitos milhões de dívida e capitais negativos da TAP, perpetuando a inviabilidade de uma agonia, que só poderia ter como alternativa à intervenção do PS, o encerramento da companhia.
O tempo em que os problemas se resolviam atirando para cima dinheiro dos contribuintes, acabou. Por muito socialista que seja, António Costa terá de entender isso um dia. (Nuno Melo/Económico)
Não é verdade que o valor da proposta vencedora tenha sido de 10 milhões de euros. Não é verdade que essa proposta tenha sido americana e brasileira. O PS, que na oposição recusa agora a privatização que sempre quis e decidiu no ano 2000 a favor da Swissair e depois inscreveu em sucessivos PEC e no memorando de entendimento celebrado com a ‘troika', sabe disso. Mas faz de conta que não.
A proposta escolhida conta-se em 354 milhões de euros, podendo ascender a 488 milhões de euros até ao final de 2016, dependendo do desempenho da companhia aérea em 2015. Acrescem 1.092 milhões de euros de dívida e 500 milhões de euros de capitais próprios negativos. 10 milhões de euros representam somente a parcela respeitante às acções.
Quem venceu foi, a começar, um português - Humberto Pedrosa - detentor de 51 % da maioria do capital do consórcio Gateway, que partilha com David Neeleman, de nacionalidade americana e brasileira, para efeitos da compra de 61 % do capital da TAP.
E o Estado manterá na sua posse 39 % do capital restante, de que se valerá no uso do direito de veto, quando em causa estejam decisões tidas por estratégicas.
A privatização, num momento em que a TAP vive dificuldades, sem liquidez para quase tudo, desde a modernização da frota, às despesas de manutenção constitui, nessa medida, uma boa notícia. Significa dinheiro fresco e a solvabilidade futura, num projecto de quem conhece o sector e garantirá Portugal como centro estratégico e as rotas para África e América como fundamentais.
Espantosa é, por isso, a ameaça concretizada por António Costa de que reverterá essa privatização, caso vença eleições legislativas. Demonstra ostensivamente a irresponsabilidade de que este PS é feito.
António Costa sabe que o mercado dos transportes aéreos se alterou radicalmente nos últimos anos. As regras europeias que impedem ajudas estatais e a concorrência de empresas de baixo custo que cumprem horários e representam alternativas reais, determinaram o fim da maior parte das empresas detidas exclusivamente pelos Estados. Não existirá provavelmente neste momento, na Europa, nenhuma companhia de transportes aéreos pública. Depois, para além da desconfiança e perturbação que cria nos mercados, não antecipa uma ideia que seja, acerca de como resolverá o problema dos muitos milhões de dívida e capitais negativos da TAP, perpetuando a inviabilidade de uma agonia, que só poderia ter como alternativa à intervenção do PS, o encerramento da companhia.
O tempo em que os problemas se resolviam atirando para cima dinheiro dos contribuintes, acabou. Por muito socialista que seja, António Costa terá de entender isso um dia. (Nuno Melo/Económico)
quinta-feira, 11 de junho de 2015
Famílias portuguesas cada vez mais pobres
As famílias mais pobres foram as que mais rendimento perderam nos anos da crise. A conclusão é do economista Carlos Farinha Rodrigues, com base nos últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre as condições de vida dos portugueses.
“Entre 2009 e 2013, de acordo com os dados do INE, o rendimento dos 10% mais ricos desceu 8%. Nesse mesmo período, o rendimento dos 10% mais pobres desceu 24%”, revela o professor do Instituto Superior Economia e Gestão (ISEG).
Carlos Farinha Rodrigues conclui que nos últimos o agravamento das desigualdades económicas em Portugal aumentou para níveis que já não existiam há muitas décadas, fruto das políticas de austeridade.
Mas a questão das desigualdades económicas vai além da ética e da justiça social. Carlos Farinha Rodrigues recorre ao mais recente relatório da OCDE para sublinhar os efeitos negativos no crescimento económico.
"Uma sociedade onde as desigualdades estão praticamente sem controlo, como é o caso da nossa, é uma sociedade que é mais pobre do ponto de vista da sua riqueza democrática, mas é também uma sociedade em que dificilmente conseguimos um processo de desenvolvimento e de crescimento sustentados”" defende.
Portugal surge como um dos países desenvolvidos com registo de maior grau de desigualdade dos rendimentos. A explicação de Farinha Rodrigues é simples: "Aquilo que provoca a desigualdade em Portugal é, em grande medida, um sistema económico assente em baixos salários e é precisamente esse mesmo sistema que sucessivamente gera novas vagas de pobreza." (RR)
“Entre 2009 e 2013, de acordo com os dados do INE, o rendimento dos 10% mais ricos desceu 8%. Nesse mesmo período, o rendimento dos 10% mais pobres desceu 24%”, revela o professor do Instituto Superior Economia e Gestão (ISEG).
Carlos Farinha Rodrigues conclui que nos últimos o agravamento das desigualdades económicas em Portugal aumentou para níveis que já não existiam há muitas décadas, fruto das políticas de austeridade.
Mas a questão das desigualdades económicas vai além da ética e da justiça social. Carlos Farinha Rodrigues recorre ao mais recente relatório da OCDE para sublinhar os efeitos negativos no crescimento económico.
"Uma sociedade onde as desigualdades estão praticamente sem controlo, como é o caso da nossa, é uma sociedade que é mais pobre do ponto de vista da sua riqueza democrática, mas é também uma sociedade em que dificilmente conseguimos um processo de desenvolvimento e de crescimento sustentados”" defende.
Portugal surge como um dos países desenvolvidos com registo de maior grau de desigualdade dos rendimentos. A explicação de Farinha Rodrigues é simples: "Aquilo que provoca a desigualdade em Portugal é, em grande medida, um sistema económico assente em baixos salários e é precisamente esse mesmo sistema que sucessivamente gera novas vagas de pobreza." (RR)
quarta-feira, 10 de junho de 2015
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