quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Manuais do ensino básico vão aumentar

Depois de este ano se ter assistido, pela primeira vez desde 2002, ao descongelamento dos preços dos manuais escolares do ensino básico - que estão nesta altura a ser vendidos com aumentos de, em média, 3,1 por cento -, nos próximos dois anos a actualização será mais pesada. O Governo e os editores vão assinar um acordo que prevê que os títulos referentes ao 1.º ciclo sofram subidas equivalentes ao valor da taxa de inflação acrescido de três por cento; e que no caso dos livros para o 2.º e 3.º ciclos o agravamento seja 1,5 por cento superior à inflação.Se a taxa de inflação em Outubro deste ano for de três por cento, isso significa que para o ano lectivo de 2008/09 os manuais do 1.º ciclo sofrerão um aumento de seis por cento, explicou ao PÚBLICO o secretário de Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira.

A nova convenção de preços dos manuais será assinada nas próximas semanas pelo Governo e as editoras. E tem mais novidades.

Desde logo, "vai incluir pela primeira vez os manuais escolares do ensino secundário", o que significa que se até agora a actualização dos preços desses livros era livre - e "os editores podiam marcar o que entendessem" - a partir de agora também os manuais do 10.º, 11.º e 12.º anos passam a estar sujeitos a aumentos controlados, como acontece no básico. A ideia é que a actualização seja sempre feita tendo como referência o valor da inflação registado no mês de Outubro anterior ao ano de adopção dos manuais.

O alargamento da convenção ao secundário não vai contudo fazer baixar preços. "Entendíamos que seria possível e desejável que houvesse essa redução, mas os editores, invocando o aumento dos preços dos factores de produção, entenderam não estarem reunidas as condições." Em suma: um manual de 20 euros não desce, simplesmente a actualização do seu preço não pode superar a inflação.
Fonte:Publico