A não-recondução de Dalila Rodrigues no cargo prende-se, entre outros motivos, com a sua "total discordância" em relação ao modelo de funcionamento do Instituto dos Museus e Conservação (IMC), acrescentou a fonte. Dalila Rodrigues, que terá imposto condições para a sua continuação, afirma ter sido "surpreendida" com o afastamento e considera "inacreditável" ter sido "penalizada por discordar publicamente do modelo de gestão" dos museus nacionais.
"Estou surpreendida porque nunca me foi feito nenhum reparo por parte da tutela sobre a forma como dirigi o museu. Recebi sempre elogios", disse à Lusa, poucas horas depois de lhe ter sido comunicada, pelo director do IMC, Manuel Bairrão Oleiro, a não-renovação da comissão de serviço. Dalila Rodrigues entrou para o Museu Nacional de Arte Antiga como directora, em Novembro de 2004, e terminava a comissão de serviço em Setembro deste ano.
Entre as condições exigidas pela responsável estaria a autonomia financeira e administrativa. No seu entender, "a defesa da autonomia nunca colocou o Museu Nacional de Arte Antiga em risco". E acrescentou "Desde que aqui estou, os visitantes aumentaram devido à nova programação de exposições e outras iniciativas, as receitas também, e foram realizadas obras de remodelação urgentes porque consegui mecenas para as fazer".Numa entrevista concedida à Lusa, em Março, a responsável tinha-se insurgido contra o cancelamento de apoios do Programa Operacional da Cultura e considerava o Instituto dos Museus "um travão ao desenvolvimento" do museu que dirigia, devido à "burocracia paralisante e lentidão dos processos".
Fonte:Jornal de Notiçias
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