Duas professoras portadoras de doença oncológica viram recusados os seus pedidos de aposentação. A decisão contraria os relatórios médicos, que atestam incapacidade para o serviço.
Em 2005 foi-lhe diagnosticado cancro da mama. Desde então efectuou vários tratamentos de rádio e quimioterapia, e em 2006 pediu a reforma antecipada. Mas a junta médica, composta por especialistas de outra área, a reumatologia, considerou que não se justificava o título de incapacidade permanente, apesar de relatórios médicos provarem o contrário, avança a SIC.
A professora, de 60 anos, lecciona na Escola Francisco Torrinha (Porto) e está de baixa até Abril de 2008. Caso não consiga a reforma antecipada terá de voltar à escola.
Já o JN dá conta de outro caso envolvendo uma professora do ensino básico, em Cabeceiras de Basto, que sofre de cancro. Ao todo, foram-lhe recusados três pedidos de reforma antecipada.O primeiro foi feito em 2004, ao abrigo de uma lei que confere condições especiais de aposentação às pessoas que sofram de doença oncológica, entre outras enfermidades. A Caixa Geral de Aposentações (CGA) recusou também o pedido, apesar dos relatórios do Instituto Português de Oncologia do Porto terem determinado incapacidade. Na segunda-feira a professora fez nova tentativa, da qual aguarda uma resposta.Em Janeiro, uma professora de Aveiro morreu com leucemia e em Junho um professor de Braga com cancro na traqueia. Ambos tinham pedido a aposentação, que foi recusada pela CGA.A situação motivou uma intervenção do bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, que exige alterações na lei.
Fonte:aeiou